quarta-feira, 25 de junho de 2008
ilusões
E durante a noite a gente se esquece. As dúvidas, a indecisão, a fraqueza, a tristeza. Só volto a te enxergar na manhã seguinte, quando meus olhos alcançam os seus, quando seu sorriso me faz sorrir, quando a realidade ainda parece sonho, quando o sonho se torna real. O dia recomeça e tudo desaparece, assim só vejo o que quero ver.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
epílogo reeditado: farsa
Porque depois que você se foi, só restou o frio. Que adentrou o corpo e cristalizou o coração. Como pedra, já não mais sentia. Só o êxtase que você me causou foi capaz de reavivar o batimento. Então, tudo se tornou mais claro. Não foi simples aceitar o fato de que não deveríamos ser, um. Passei noites mal dormidas pensando
Quando a claridade chegasse, seria, novamente, só eu. Do mesmo modo de sempre, com os sonhos ousando me desacreditar. Você não apareceria, e eu voltaria a crer que a vida era só isso. Eu preferia desse jeito, pois já não sabia como te olhar, como te encarar e não lembrar da minha mentira, dos seus toques, não me lembrar de tudo o que tínhamos vivido, e que agora nada mais existia, nunca existiu. Eu me fazia iludir e me decepcionava quando percebia que o sonhar era falso. Eu me enganava vivendo o que nunca aconteceria e, ainda assim, me decepcionava com o não-acontecer.