segunda-feira, 5 de maio de 2008

não eu.

Meu querido, saiba que as palavras se enroscam em meu pensamento, me engasgam e bloqueiam a mente, que meu silêncio é carapuça, esconderijo dos sentimentos que tanto prezo e recuso entregar.

Saiba que a proteção me enfraquece, mas falta coragem para usar a voz. São frases inteiras, textos prontos, tudo prestes a ser cuspido, pois já não suporto mais o gosto amargo de palavras tão doces. Foi assim que as planejei, doces, e em certo momento elas se perderem em meu calar, se recuaram em minha cabeça, escolhendo atormentar o presente com lembranças de cenas inexistentes.

Aguarde, meu querido. O tempo há de vir, as palavras chegarão. Me livrarei da covardia e te entregarei o que é teu por direito, as farei mais belas que nunca. Meus sentimentos, minhas palavras, minha inspiração, meu você.

ass.: ela,

3 comentários:

Milla disse...

Tanta sensibilidade assim me comove.

E o silêncio se fez para entrar onde não cabe palavras oras.



O que eu escrevi é clicê, o seu texto não.

=**

Milla disse...

Ops clichê.

Yuri Kiddo disse...

UAU, belíssimo texto branca!!! gostei mto =D

o tempo e a sensibilidade estão sincronizados perfeitamente, muito bom!