segunda-feira, 7 de abril de 2008

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Por culpa da estupidez de minha mente, te deixei ali esquecido, aguardando o momento exato para reaparecer e assombrar meu presente. Cai no jogo da memória e, quando menos esperava, fui trapaceada com a ilusão do seu desaparecimento momentâneo. Infelizmente sua presença voltou a atormentar meu espírito e o antigo amor foi reacendido pelas fagulhas do ciúmes.

Ver suas mãos em outra cintura e seus lábios de encontro a outra face rompia minha lucidez, a cena parecia focar nos seus gestos e me fazer de telespectadora da cena cruel em que meu peito explodia e levavam meu coração ainda sangrando embora. Do raptor eu desconhecia o nome e a identidade, que já não me eram tão importantes, tendo ele salvo uma vida, minha vida, do sofrimento persistente.

Perdi ali a lucidez, o coração e a dignidade. E por não me ser possível enxergar a vida sem paz e amor, deixei-a ali também. Entregue a quem ousasse desejá-la, pois de mim sentimento algum surgiria: a indiferença tomou meus dias.

Um comentário:

Camila Dayan disse...

Isso me inspirou a retomar o Acaso. Bonito isso, cheio de sentimentos.

Beijo D'propositado