Eu prometi não te machucar, te tratar com carinho. Te levar biscoitos na cama e acariciar seus cabelos. Prometi um relacionamento baseado em confidências e cumplicidade, e, quando chegasse a hora de não mais te amar, avisaria previamente. Eu facilitaria a partida e reduziria as dores de um coração partido pela informação repentina. Mas, me desculpe, não foi possível.
Deixei passar o momento em que o amor morreu, e continuei em vão a tentar trazê-lo de volta. O calor da amizade manteve quente nossos corpos, eu dormia, acordava, abraçava e beijava minha melhor amiga. E cheguei ao ponto de querer te contar sobre quando reencontrei o amor em outra pessoa.
Em meus pensamentos você era protagonista. O fazer-te bem era necessidade maior. E foi sem querer que fugi aos meus princípios. E só enxerguei o erro cometido ao perceber suas lágrimas de encontro ao meu peito.
Me desculpe, minha querida. Já não te amo mais. E, por covardia, contrario todas as minhas verdades e deixo aqui minhas declarações, junto ao meu carinho e seus biscoitos.
sexta-feira, 28 de março de 2008
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