terça-feira, 22 de junho de 2010

cold water

- Oh, God, why weren't you there, in Vienna?
- I told you why.
- Well, I know why, I just - I wish you would have been. Our lives might have been so much different.
- You think so?
- I actually do.
- Maybe not. Maybe we would have hated each other eventually.
- Oh what, like we hate each other now?
- You know, maybe we're - we're only good at brief encounters, walking around in European cities in warm climate.


Às vezes acho que seu excesso de segurança é minha culpa. Te faço certo demais dos seus sentimentos, te deixo por demais a vontade com os meus. Penso que deveria agir diferente, deveria ser uma inconstante na sua vida, te fazer infeliz, incerto e apaixonado. O amor simples e fácil se perde com o tempo, a paixão te devoraria e te faria se esforçar. Será? Ainda custo a acreditar.

É necessário ir tão longe para que você seja capaz de provar o mínimo de amor que sente por mim? Mínimo, que palavra deprimente. E, no entanto, é a única que consigo encaixar na situação, na nossa situação. Não desejei que fôssemos esse casal e que detalhes patéticos me fizessem tão triste. Pois toda a sua confiança só se reflete como fraqueza em mim. E enquanto sou obrigada a ser forte e perseguir tentando e me esforçando, te vejo decair dia após dia.

Fico triste, me revolto com a situação, e para quê? Meia dúzia de palavras trocadas, uma porção de lágrimas e meus erros surgindo como foco da discussão em que eu pretendia ser dona, verdadeira, mas que novamente foi usurpada pelo seu senso de direção.

Pobre garota fadada a se afogar em suas próprias palavras antes que possa fazê-las serem ouvidas. Dia após dia, acumulando frases, pensamentos e dúvidas.

(Antes do fim.)

2 comentários:

Alice disse...

algumas coisas parecem ser universais

Chato disse...

Ta~o feminino que chega a doer. Bonito.