segunda-feira, 28 de julho de 2008

perdão

E então ele apareceu, entrou pela porta sem anunciar e a encontrou de costas, em pé ao lado da mesa, observando a correspondência do dia. Sabia que a noite anterior tinha sido um erro, e que desculpas não adiantariam. Indo direto ao seu encontro a abraçou, sentia o perfume de seu cabelo, o mesmo perfume que por tantas vezes o acalmou enquanto dormia. Os braços a envolviam sem deixar que ela se movimentasse. Depois de alguns segundos, desceu os lábios até seu pescoço, e quando a tocou, sentiu a pele gelada e os arrepios que percorriam o corpo dela. Caberia a ela afastá-lo ou levar seus atos às ultimas conseqüências. Virou a de encontro para si e, antes que as bocas se encontrassem, colocou as mãos por debaixo de sua blusa enquanto fixava os olhos nos dela. Sentiu sua pele, envolveu sua cintura, tocou seu colo desnudo e percorreu o restante do corpo com as mãos, pousando-as em seu quadril. Percebeu o quanto sentia-se atraído pelo seu toque aveludado e o perfume impregnado no suor. Puxou a para mais perto e os lábios se encontraram, o calor do beijo se fez sentir nas unhas que arranharam suas costas, eram as mãos delas que agiam agora. Talvez o perdão tivesse sido aceito, talvez fosse só o início de seu castigo.

Um comentário:

Miℓena . disse...

Nossa que melado este texto...isso foi intensooooo!!! ahahhahahh ....

ps. sobre seu comentário...existem textos que só algumas pessoas entenderão!

beijos