Eu tenho medo, sempre tive. Acho que esse sempre foi um dos principais problemas. Lembro da vez que, ainda garotinha, ele disse que me beijaria no dia seguinte na escola; faltei uma semana seguida e chorei por ter que voltar a ir. Ou daquela vez que tinha tudo para da certo. Garoto bacana, uma graça, todo atencioso. Ele disse que pegaria o carro dos pais sem que eles soubessem para poder ir me buscar em casa e sairmos. Acabei com ele antes que chegasse o fim de semana. São essas pequenas auto-sabotagens que denunciam todo meu medo. As histórias continuam, o garoto que me chamava de sereia e usava colares de sementes, dispensado depois de me convidar para comer pizza com os amigos; aquele outro que eu disse não poder encontrar porque precisava ajudar meu pai a pintar as paredes do meu quarto; ou ainda aquele que me trouxe flores e eu agradeci com um beijo no rosto e corri para terminar de assistir o jogo de futebol da Copa. Pequenas sabotagens, medos desmotivados ou apenas pessoas erradas?
O amor é para os corajosos.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
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2 comentários:
somos autosabotadoras natas! isso mesmo, mas é preciso muita coragem para fazer isso consigo mesma.
=)
Isso é Florbela Espanca.
O medo de amar é o medo de ser livre. Beto Guedes
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