segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Daquilo que nem sempre é verdade e às vezes pode não ser inventado

Eu tenho medo, sempre tive. Acho que esse sempre foi um dos principais problemas. Lembro da vez que, ainda garotinha, ele disse que me beijaria no dia seguinte na escola; faltei uma semana seguida e chorei por ter que voltar a ir. Ou daquela vez que tinha tudo para da certo. Garoto bacana, uma graça, todo atencioso. Ele disse que pegaria o carro dos pais sem que eles soubessem para poder ir me buscar em casa e sairmos. Acabei com ele antes que chegasse o fim de semana. São essas pequenas auto-sabotagens que denunciam todo meu medo. As histórias continuam, o garoto que me chamava de sereia e usava colares de sementes, dispensado depois de me convidar para comer pizza com os amigos; aquele outro que eu disse não poder encontrar porque precisava ajudar meu pai a pintar as paredes do meu quarto; ou ainda aquele que me trouxe flores e eu agradeci com um beijo no rosto e corri para terminar de assistir o jogo de futebol da Copa. Pequenas sabotagens, medos desmotivados ou apenas pessoas erradas?

O amor é para os corajosos.

2 comentários:

Milla disse...

somos autosabotadoras natas! isso mesmo, mas é preciso muita coragem para fazer isso consigo mesma.

=)

Anônimo disse...

Isso é Florbela Espanca.
O medo de amar é o medo de ser livre. Beto Guedes